Há dias em que penso que esse é um conceito básico, outros há que sinto o contrário. Por muito que leia depende sempre do estado de espírito.
Ouvi, um dia desses, que a lusofonia era uma riqueza e ao mesmo tempo uma grande barreira. Bom é uma declaração de uma músico, por isso entenda-se o termo "barreira".
Eu penso que a lusofonia nem sequer representa o som da fala, da pronúncia. É vista como aquilo que liga os povos falantes de língua portuguesa, e muito bem, mas também há quem diga que é o fio condutor da cultura entre esses mesmos países.
A Língua é realmente um factor cultural forte, senão o mais forte de todos, mas ao olhar para as pessoas que tentamos unir através dela (portugueses, cabo-verdianos, angolanos, brasileiros, guineenses, timorenses, moçambicanos e santomenses), salta à vista a diferença cultural entre todos.
É de louvar claro, senão contra mim falava, essa vontade de lusofonia. Mas não podemos esquecer que também a Galiza clama por essa aproximação.
Chega a um ponto que é confuso e até percebo que esta seja uma teoria bastante boa para teses de mestrado
Mas nunca é demais deixar uma definição e talvez umas quantas elações, todas elas bastante subjectivas:
Lusofonia é o conjunto de identidades culturais existentes em países, regiões, estados ou cidades falantes da língua portuguesa como Angola, Brasil, Cabo Verde, Galiza, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e por diversas pessoas e comunidades em todo o mundo.
Firmado o espaço continental português com a conquista do Algarve, os últimos reis da primeira dinastia dedicaram-se ao ordenamento do território nacional: promoveram o povoamento, a exploração agrícola, a criação de estruturas de comércio, a criação de defesas, já não tanto a sul como a leste, etc. Deste modo, a dinastia de Avis pôde empenhar-se em novo processo de expansão territorial, que teve início em 1415 com a tomada de Ceuta.
Seguiu-se a gesta dos Descobrimentos, que implicou a descoberta dos arquipélagos da Madeira e dos Açores, a exploração de ambas as costas de África, a chegada à América do Sul (Brasil) e a várias paragens da Ásia, como Goa, Malaca e Timor.
Ao processo de formação do Império Colonial Português foram motivos de ordem económica e político-estratégica que presidiram, aliados a uma certa curiosidade cultural e científica e a um intento de evangelização. Neste contexto, nem sempre o respeito pela identidade do indígena prevaleceu, mas deve, em todo o caso, reconhecer-se a coragem necessária ao enfrentar do desconhecido, que permitiu aos descobridores, exploradores e colonos a criação de alianças e fraternidades, transformando e deixando-se transformar. Do contacto com os povos encontrados resultou um forte intercâmbio de produtos, costumes, técnicas, conhecimentos (de medicina, náutica, biologia, etc.), bem como uma interpenetração mais profunda através da miscigenação.
Fonte: Sapo Saber onde podem ir ver mais, porque há muito mais para saber sobre este conceito ou até mesmo forma de viver